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Fã da cultura sul-coreana, ex-aluna do Carmo estudará Relações Internacionais no país asiático

Eduarda Ribas Logrado, de 19 anos, conseguiu uma das três bolsas de estudos do KGSP para o Brasil

 

Para quem sempre sonhou viajar pelo mundo, as aulas de Geografia certamente são o primeiro contato com a imensa variedade de cultura e modos de vida que os lugares espalhados pela Terra possuem. Para algumas pessoas, a disciplina tem uma importância tão grande que acaba influenciando diretamente na escolha da vida profissional.

 

A ex-estudante do Colégio do Carmo, Eduarda Ribas Logrado, de 19 anos, é uma dessas pessoas. As aulas de Geografia e Geopolítica com o professor Enio dos Anjos eram as preferidas de Eduarda e as que rendiam as melhores melhores notas. Ao mesmo tempo, na adolescência, uma amiga lhe apresentou a música pop coreana, que também se tornou uma de suas paixões e despertou ainda mais o interesse por outras lugares.

 

 

“Ao pesquisar mais sobre a Coreia do Sul, descobri que o país tem uma das melhores educações do mundo (segundo lugar, de acordo com a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico 2017 – OCDE, atrás da Finlândia) e a partir daí se tornou um sonho estudar lá”.

 

Muita gente não sabe, mas a Coreia do Sul disponibiliza bolsas de estudos gratuitas em universidades coreanas para todos os países com quem possui acordo diplomático, entre eles o Brasil.

 

As bolsas, de graduação e pós-graduação, cobrem todos os custos do estudante e isso inclui passagens aéreas, seguro médico, alimentação, moradia e também uma ajuda de custo mensal.

 

Eduarda conseguiu a bolsa do Korean Government Scholarship Program (KGSP) na segunda tentativa. Em 2016, chegou a ficar entre os 10 pré-selecionados, mas foi no final de 2017 que conseguiu a tão suada bolsa, com a qual sonha desde os seus 13 anos.

 

 

Para concorrer a uma bolsa de graduação é preciso ter cidadania brasileira ou pais brasileiros; ter menos de 25 anos; ter diploma do Ensino Médio; ter uma média de pelo menos 80% de aproveitamento do Ensino Médio; possuir proficiência em inglês (comprovada por meio de testes de proficiência) e não ter recebido nenhuma bolsa do governo coreano até então. Em 2017, foram oferecidas três vagas para todo o Brasil, com 83 concorrentes.

 

“Serão cinco anos de estudos. Um ano de coreano mais quatro anos de curso. O coreano e o inglês são muito importantes porque haverá aula nos dois idiomas”, explica a jovem.

 

Apesar da grande diferença cultural entre o país asiático e o sul-americano, Eduarda conta que o choque não será tão grande assim porque ela já esteve na Coreia do Sul durante seis meses em 2016 para estudar coreano. E quanto aos seus pais?

 

“A reação dos meus pais sobre esse meu sonho não poderia ser melhor, eles sempre me apoiaram em tudo. Estão muito felizes e já estão planejando me visitar em 2019”, conta animada a futura relações internacionais, que quer trabalhar como diplomata.

 

Eduarda embarcou dia 17 de fevereiro para a cidade de Suncheon, onde estudará na Sunchon National University a partir de 2 de março.

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